Saturday, August 12, 2006

mar de agosto

ah poizé. tenho-vos a dizer (lol?) que ia morrendo no outro dia :] pois ia. eu, a auri e o afonso. se bem que este último continue a dizer que não. mas pronto. imaginem onde. no mar, claro. e em que mar? ora tentem lá adivinhar também. no da costa, claaaaaaro! e porquê? porque o mar começou a puxar connosco lá dentro. ora bem, eu passo a explicar melhor: foi numa manhã de quinta-feira, se não estou em erro, na praia da costa-nova, em aveiro. os três pintelhos já tinham ido à água, já se tinham molhado, já tinham chafurdado muito. resolveram ir secar, para a toalha, evidentemente. tudo muito bem. uma meia hora mais tarde, sentem que estão a ficar muito quentes, e como parvinhos (or not) que são resolvem ir à água outra vez. entram muito divertidos, a daniela (sempre) com as suas grandes dificuldades para conseguir mergulhar, devido apenas e só ao frio destas nossas águas portuguesas. começam então a afastar-se um pouco, mas nunca excedendo o limite de profundidade. quando (e mais uma vez) a nossa querida (?) daniela lhes diz que está a ficar com frio, começam a nadar para terra firme. quanto mais nadam, mais se afastam. num curto espaço de tempo já estão mais para lá do que alguma vez poderiam imaginar. as ondas começam a cruzar, como é tão típico e nosso conhecido do mar da costa-nova. a daniela, a auri não sei porque não quis falar muito com ela sobre isso, começou a perder as forças e a desistir de tentar nadar. com isto as ondas começam a ser mais e mais fortes, e esta começa a engolir cada vez mais água. começa então a entrar em pânico! tenta pedir ajuda ao que está mais próximo, que por sinal era o afonso, quando este lhe diz para manter a calma e tentar nadar o mais rápido possível quando a próxima onda vier. ela tenta fazer isso, mas de nada lhe serve. tenta então ir para junto dele e da prima, numa tentativa (frustrada) de arranjar apoio. começa então a aperceber-se da gravidade da situação, pensando repetitivamente: "daqui já não me safo. daqui já não me safo". por um toque de magia, ou então de força divina, ou então do mero destino, sente que já não está tão longe da praia como dantes. começa então a nadar, com todas as forças que lhe restam. nada, nada e nada! consegue! sente que finalmente tem pé! e assim continua, nadando o mais que pode, até conseguir sair daquele mar aterrador, que por pouco lhe levou a vida; a ela e aos seus dois mais-que-tudos. sai da água, em pânico. não espera por eles. está demasiado transtornada para isso. sente que finalmente aquele pesadelo acabou. está viva, inteira! o afonso tenta falar com ela mas ela pede-lhe que se cale, que não o quer ouvir. balbucia umas poucas palavras e estende-se na toalha. não quer saber de ninguém. e aí fica, à espera que eles cheguem. eles chegam e fazem o mesmo. passados cinco minutos o afonso vem ter com ela e pergunta-lhe se está bem. ela diz que sim. ele abraça-a e diz-lhe para ter calma, que já passou. ela sente-se bem, reconfortada, segura. ela sabe que ele a ama, e ama-o também. do fundo do coração.
um grande obrigada a vocês os dois. amo-vos de coração.