Sunday, November 26, 2006

Talvez por não saber falar de cor, imaginei
Talvez por saber o que não será melhor, aproximei
Meu corpo é o teu corpo, o desejo entregue a nós... sei lá eu o que queres dizer.
Despedir-me de ti, "Adeus, um dia, voltarei a ser feliz."
Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor, não sei o que é sentir.
Se por falar, falei, pensei que se falasse era fácil de entender.
Talvez por não saber falar de cor, imaginei.
Triste é o virar de costas, o último adeus... sabe Deus o que quero dizer.
Obrigado por saberes cuidar de mim, tratar de mim, olhar para mim...
Escutar quem sou e se ao menos tudo fosse igual a ti...
Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor, não sei o que é sentir.
Se por falar, falei, pensei que se falasse era fácil de entender.
Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor, não sei o que é sentir.
Se por falar, falei, pensei que se falasse era fácil de entender.
É o amor que chega ao fim.
Um final assim, assim é mais fácil de entender...
Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor, não sei o que é sentir.
Se por falar, falei, pensei que se falasse é mais fácil de entender.
Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor, não sei o que é sentir.
Se por falar, falei, pensei que se falasse era fácil de entender.

The Gift

Monday, November 20, 2006

Délia: Ai rapaz, eu assim não sei quem te atura... (risos)
Afonso: A tua irmã.

Saturday, November 18, 2006

O verbo ler não suporta o imperativo. É uma
aversão que compartilha com outros: o verbo
"amar"... o verbo "sonhar"... É evidente que se pode
sempre tentar. Vejamos: "Ama-me!" "Sonha!" "Lê!"
"Lê, já te disse, ordeno-te que leias!"
- Vai para o teu quarto e lê!
Resultado?
Nada.
Daniel Pennac, "Como um Romance"

Friday, November 10, 2006


hit me. punch me. smash me. hate me. drink me. seduce me. kill me. hug me. love me. need me. fear me. want me. kiss me.

Sunday, November 05, 2006

O futuro é coisa do passado

Eu não esqueci nem um milímetro teu
Nenhum milímetro do teu rosto
Do teu corpo
Da tua voz

Não esqueci o toque suave das tuas mãos
Nem a doce maneira como ajeitavas o cabelo
Antigamente fazias rolinhos, nos caracóis
Agora, apenas e só o despenteias

Não esqueci também nenhuma das palavras que me disseste ao ouvido
Nem aquelas em que gritaste, comigo

Não esqueci o teu perfume
O teu gosto
O teu sabor

Não esqueci também a maneira como me olhavas
Como me acariciavas
Como me falavas de amor

Não esqueci nunca todas as lágrimas que chorámos juntos
Nem as vezes em que me pediste colo
Ou aquelas em que me apertaste a mão

Não esqueci nenhuma das promessas que me fizeste
Também não me esqueci das que não cumpriste

Não me esqueci do envolvente abraço
Nem do sentimento que me fazias sentir quando apertavas o teu peito contra o meu
Também não me esqueci do puzzle
Nem das posições "inteligentes" dos abraços, que tanto alarido provocaram

Não me esqueci das conversas até às cinco da manhã
Nem do frio que apanhava quando as tínhamos

Não me esqueci de nenhuma ida ao cinema
Nem do conforto e da segurança que a tua mão me proporcionava num filme de terror

Não me esqueci de ti
Nem nunca vou esquecer




5 de Novembro de 2006

Saturday, November 04, 2006

"O amor que eu te tenho é um afecto tão novo
Que não deveria se chamar amor
De tão irreconhecível, tão desconhecido
Que não deveria se chamar amor
Poderia se chamar nuvem
Pois muda de formato a cada instante
Poderia se chamar tempo
Porque parece um filme que nunca assisti antes
Poderia se chamar labirinto
Pois sinto que não conseguirei escapulir
Poderia se chamar aurora
Pois vejo um novo dia que está por vir
Poderia se chamar abismo
Pois é certo que ele não tem fim
Poderia se chamar horizonte
Que parece linha reta, mas sei que não é assim
Poderia se chamar primeiro beijo
Porque não lembro mais do meu passado
Poderia se chamar último adeus
Que meu antigo futuro foi abandonado
Poderia se chamar universo
Porque nunca o entenderei por inteiro
Poderia se chamar palavra louca
Que na verdade quer dizer aventureiro
Poderia se chamar silêncio
Porque minha dor é calada e meu desejo é mudo
E poderia simplesmente não se chamar
Para não significar nada e dar sentido a tudo"
"E eu me lembro do seu rosto
Do seu gosto
Dos seus dedos
Que entre os meus
Se confundiam
E pareciam
Ser um do outro
Entrou pra sempre
Dentro
Do meu corpo
O seu corpo
Se escrevendo em minha pele
O amor nos perguntou
E nós dois dissémos que sim"

Wednesday, November 01, 2006

A vida está a ensinar-me aos poucos a viver sem ti. Já não fazes tanta falta quanta fazias. E também já não penso em ti com tanta intensidade. As coisas que fizeste e continuas a fazer têm contribuído para isso. Bastante. E a cada dia que passa, me desiludes mais. Onde se meteu o verdadeiro eu que me mostraste? Ou ter-me-ás mostrado o falso? A quem mostras tu, afinal, o teu verdadeiro eu? A mim não foi, concerteza. Ou se foi, ele sofreu uma grande transformação. Tenho muita pena, mas já não és o mesmo.

E também me está a ensinar a não pronunciar "para sempre". O para sempre nunca existe. Nem nunca vai existir.