Saturday, September 09, 2006

Aromas e Temperos

Porque é que continuas a fazê-lo, se sabes que me fazes tanto mal? Pára, de uma vez por todas. Deixa-me aqui, sossegada, no meu canto. Refaz a tua vida. Deixa-me aqui.



Continuo a amar-te, como sempre, desde sempre. E sei que, infelizmente, não vou deixar nunca de o fazer. Continuas e continuarás a fazer-me mal. Estejas presente, ou não. Apenas o simples aroma do teu perfume me provoca mal. Muito mal. Nem tu calculas o quanto. Cheiro-te, na rua, nos meus sonhos, na minha cama. Cheiro-te como nunca! Cheiro-te uma última e outra última vez, para poder ficar para sempre com aquela breve recordação, que me embebeda de um amor incondicional, graças a ti. E não me orgulho disso. Tenho pena de ainda não me ter conseguido livrar de ti. Do teu maldito cheiro! Do teu maldito gosto! Tomo-te o gosto, em cada beijo que me dás. E recordo-o, mesmo agora. Aquele beijo que nos envolve num só. Aquele beijo que ainda agora me atormenta. Persegues-me, mesmo não sabendo. E assim vivo, dia após dia, com a mesma sensação da tua presença, do teu toque, do teu sorriso, da tua pele. E assim te amo, todos os dias. Uns mais desenfreados que outros, mas todos os dias! Amo-te e tenho raiva de mim mesma, por isso! Mas a culpa não é tua. É minha! A culpa é toda minha!



19 de Agosto de 2006

(Dei asas aos dedos, enquanto estava de férias. Nada pessoal.)

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