Sunday, November 05, 2006

O futuro é coisa do passado

Eu não esqueci nem um milímetro teu
Nenhum milímetro do teu rosto
Do teu corpo
Da tua voz

Não esqueci o toque suave das tuas mãos
Nem a doce maneira como ajeitavas o cabelo
Antigamente fazias rolinhos, nos caracóis
Agora, apenas e só o despenteias

Não esqueci também nenhuma das palavras que me disseste ao ouvido
Nem aquelas em que gritaste, comigo

Não esqueci o teu perfume
O teu gosto
O teu sabor

Não esqueci também a maneira como me olhavas
Como me acariciavas
Como me falavas de amor

Não esqueci nunca todas as lágrimas que chorámos juntos
Nem as vezes em que me pediste colo
Ou aquelas em que me apertaste a mão

Não esqueci nenhuma das promessas que me fizeste
Também não me esqueci das que não cumpriste

Não me esqueci do envolvente abraço
Nem do sentimento que me fazias sentir quando apertavas o teu peito contra o meu
Também não me esqueci do puzzle
Nem das posições "inteligentes" dos abraços, que tanto alarido provocaram

Não me esqueci das conversas até às cinco da manhã
Nem do frio que apanhava quando as tínhamos

Não me esqueci de nenhuma ida ao cinema
Nem do conforto e da segurança que a tua mão me proporcionava num filme de terror

Não me esqueci de ti
Nem nunca vou esquecer




5 de Novembro de 2006

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