Wednesday, January 31, 2007

Eu estou com dezasseis anos (e meio) mal feitos, mas parece que vivo num corpo (e cabeça) de sessenta. Não me estou a chamar "crescida", como ainda o outro me disse hoje, estou-me a chamar velha. Velha porque parece que me arrancaram o coração e puseram lá uma pedra em vez dele. Mas uma pedra de cinco quilos... sem abusar. Porque pesa. Oh, e como pesa...! Não sei se me consigo fazer entender... mas a vida já não tem o mesmo sabor. E este 2007 não é nada do que prometeu. Ainda só tive um dia, repito, um dia (plenamente) feliz neste mês de Janeiro. Foi no dia 4. Os interessados e responsáveis que se lembrem do porquê. O resto tem sido com "batatas" nos olhos, com saudades, muitas saudades, ou com raiva/ciúme/desilusão/wtv. E desde já digo... não tem piada nenhuma viver assim. E depois é nestas alturas que aparecem os reais amigos. E que amigos! Se não fossem eles eu já tinha caído. (Okay, mais ainda.) Mas que se pode fazer? Nada, claro. É deixar o tempo passar, mais nada. Dizem que o tempo cura tudo, não é? Então pronto, espera-se. Mas por quanto tempo? E quando o coração grita: "não aguento maaaaaaais!!!", o que é que eu faço? Arranco-o e meto lá a pedra? Secalhar era melhor. Mas é com as cabeçadas que se aprende. E eu daqui aprendi que a conjunção do sentimento amor com o sexo masculino... não vale a pena. Porque nós, gajas, acabamos sempre a sofrer. Lá está, falo de gajas apaixonadas, tontinhas, que dão o mundo e o outro para ver o paspalho sorrir. E passado um tempo, vem o paspalho, ri-se, usa e abusa de ti mais uma última e mais outra vez, e abandona o barco. Tão típico e certo como dois mais dois serem quatro. Mas não faz mal. Tu, agora, como gaja (e) sofredora nata que és, aguentas a tua, calada, choras um bocado, esperneias outro tanto, e passa. Eu já chorei e já esperneei tudo o que tinha para chorar e espernear. Julgo eu.

1 comment:

Flunitrazepam said...

o outro... humpf... :P