"Se alguém soubesse do que digo e do que quero e aceitasse o que eu decidisse aceitar, do pouco de mim que tenho para dar, então sim entregar-me-ia, a essa pessoa, e seria dela, com as letras e os cuidados que tiver, para sempre.
E as palavras não me pertencem mas também não pertencem a ninguém.
(...)
São as vezes que por ti me apaixonei sem que Deus até soubesse. Não existem. Mas se existissem, eu poderia contar-te. Estas coisas que escrevo sem alguma orientação, que servem de trevo da sorte de te amar, para mais ainda entrevar o que resta do meu...
Coração, Teresa.
Eis a minha vida incompleta, acabada de começar.
(...)
Se eu tivesse tempo. Um sítio. Jeito. Imaginação. Alguém. Maneira. Ai de ti, se eu tivesse maneira. Vontade. Obrigação. Paciência. Uma história para me contar.
(...)
Se houvesse um amor abandonado à sorte dele, só Deus sabe a companhia que me faria, se eu deixasse. Quantas vezes, ao certo, cheguei eu a perder-te, para as mesmas vezes, vezes dez, enlouquecer de tanto de chamar? Tu dirás.
(...)
Diz o meu nome. Deixa-me ouvir.
(...)
Se eu pudesse. Já.
(...)
Alguém deitado na cama a pensar. Livros abertos no chão. Restos de dias anteriores por todo o lado. Cabelos molhados, beijos acabados de dar. Fotografias de férias. Um livro de versos. Uma mãe de cabeça perdida, enfiada na cozinha, a cozinhar.
(...)
Não me sinto. Não existo já.
(...)
Tudo correu mal, menos o amor. A vida é simples e fácil de perder. Mas o amor é fodido. E eu gostei de fodê-lo contigo.
(...)
A Teresa é o meu amor. Eu sou o amor dela. Damos as mãos. Não fazemos mais nada.
(...)
Estamos juntos de vez em quando. É a única coisa com que nos importamos: estarmos juntos de vez em quando, como agora estamos.
(...)
Ela não me ama como eu a amo.
Mas eu também já não a amo como já amei. Mas falamos como se nos amássemos mais que nunca. Nada mais é importante.
(...)
O meu coração morre sozinho, como Deus quiser."
E as palavras não me pertencem mas também não pertencem a ninguém.
(...)
São as vezes que por ti me apaixonei sem que Deus até soubesse. Não existem. Mas se existissem, eu poderia contar-te. Estas coisas que escrevo sem alguma orientação, que servem de trevo da sorte de te amar, para mais ainda entrevar o que resta do meu...
Coração, Teresa.
Eis a minha vida incompleta, acabada de começar.
(...)
Se eu tivesse tempo. Um sítio. Jeito. Imaginação. Alguém. Maneira. Ai de ti, se eu tivesse maneira. Vontade. Obrigação. Paciência. Uma história para me contar.
(...)
Se houvesse um amor abandonado à sorte dele, só Deus sabe a companhia que me faria, se eu deixasse. Quantas vezes, ao certo, cheguei eu a perder-te, para as mesmas vezes, vezes dez, enlouquecer de tanto de chamar? Tu dirás.
(...)
Diz o meu nome. Deixa-me ouvir.
(...)
Se eu pudesse. Já.
(...)
Alguém deitado na cama a pensar. Livros abertos no chão. Restos de dias anteriores por todo o lado. Cabelos molhados, beijos acabados de dar. Fotografias de férias. Um livro de versos. Uma mãe de cabeça perdida, enfiada na cozinha, a cozinhar.
(...)
Não me sinto. Não existo já.
(...)
Tudo correu mal, menos o amor. A vida é simples e fácil de perder. Mas o amor é fodido. E eu gostei de fodê-lo contigo.
(...)
A Teresa é o meu amor. Eu sou o amor dela. Damos as mãos. Não fazemos mais nada.
(...)
Estamos juntos de vez em quando. É a única coisa com que nos importamos: estarmos juntos de vez em quando, como agora estamos.
(...)
Ela não me ama como eu a amo.
Mas eu também já não a amo como já amei. Mas falamos como se nos amássemos mais que nunca. Nada mais é importante.
(...)
O meu coração morre sozinho, como Deus quiser."
MEC
e assim acabou mais um livro
e assim acabou mais um livro
5 comments:
they're our secret shame..
Olá!
"O amor é fodido"?
Tenho uma colega de turma que está a fazer um trabalho sobre essa obra... livro interessante.
Beijinho :**
[já não te vejo há anos, mulher! :x]
já ouvi muito boas críticas em relação ao livro. vai ser um dos meus próximos!
*sono*
uma vez ensinaram-me que nessas alturas (dos apertos no peito) devemo-nos deitar de barriga para cima e respirar da seguinte maneira: ao inspirar, encher completamente a barriga e ao expirar, encolhê-la o máximo possível, isto é, fazer exactamente o contrário de quando se inspira e expira normalmente.
[conselho estranho, mas até que soube bem...]
(hoje, numa aula, "obrigaram-me" a ler um excerto desse livro. conclusão, já o comecei a ler!)
percebo-te.
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